Penafiel Acolheu Debate Sobre a Eutanásia

Iniciativa organizada pelo Município de Penafiel e Vigararia de Castelo de Paiva – Penafiel

O Museu Municipal de Penafiel recebeu, no dia 20 de janeiro, um debate sobre a eutanásia, que contou com a participação de dois oradores convidados: Miguel Oliveira da Silva, obstetra-ginecologista no Hospital Santa Maria (Lisboa) e Professor Catedrático de Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que integra o Bureau da DH-Bioética do Conselho da Europa; e Anselmo Borges, Padre da Sociedade Missionária Portuguesa e autor de várias publicações sobre religião.

Para Susana Oliveira, Vereadora com o Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Penafiel, “São vários os especialistas ligados à igreja e à medicina que levantam questões sobre este tema tão controverso. É uma excelente oportunidade para partilharmos as nossas inquietações e ficarmos mais esclarecidos sobre esta temática. Em nome do Município de Penafiel agradeço a presença do Professor Miguel Oliveira da Silva e do Padre Anselmo Borges, personalidades que muito prestigiaram este saudável debate, assim como o moderador presente, que estava muito bem preparado.”


A iniciativa foi organizada pela Câmara Municipal de Penafiel e Vigararia de Castelo de Paiva – Penafiel.


Para Anselmo Borges, Padre da Sociedade Missionária Portuguesa, “É importante alertar a sociedade para esta legislação enganadora, pois nas nossas vidas, todos somos vencidos pela morte. A pessoa tem o direito de pedir que a matem, mas quem é que a mata? É essa a questão que temos de debater. Na perspetiva católica, o Papa Francisco tem sido muito claro. A única morte que é aceite é a chamada morte natural.” Já Miguel Oliveira da Silva, membro do Bureau da DH-Bioética do Conselho da Europa, afirma “A eutanásia é antecipar a morte do doente, a pedido do mesmo. Temos de partir do princípio que o doente que pede a eutanásia está livre e não está submetido a pressões internas e externas. Estou apreensivo porque são questões civilizacionais, e até os profissionais de saúde têm dúvidas. Se a eutanásia for legalizada, o doente só o vai pedir a um médico que é a favor da mesma.”