IC 35: Primeira fase da obra adjudicada
Penafiel e a Região de Parabéns
Foi já adjudicada a obra da primeira fase do IC 35, troço entre Penafiel e Rans, com cerca de 3km. As primeiras máquinas devem começar a operar até o Verão.
Este é verdadeiramente o primeiro passo, em concreto, para a construção de uma estrada, muito desejada pela população, há cerca de 20 anos, que quando se encontrar concluída ligará Penafiel a Entre-os- Rios, com cerca de 12 km, servindo de alternativa à congestionada e perigosa Estrada Nacional 106.
Recorde-se que em Maio de 2019 o então Presidente da CIM do Tâmega e Sousa, Armando Mourisco, e o Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Antonino de Sousa reuniram com o então Ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, na sequência da subida de tom das críticas e iniciativas populares que reivindicavam uma resposta para a questão do IC 35.
Para Antonino de Sousa ”esta notícia é uma prenda de aniversário para Penafiel, que celebra este ano 250 anos de elevação a cidade, e não podia ter vindo em melhor altura. Mais vale tarde, que nunca. Sempre fui muito critico com a actuação do actual governo sobre este assunto, mas temos de reconhecer o trabalho feito pelo actual ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, pelos autarcas da região, por algumas forças politicas, sendo quer também não poderia deixar de reconhecer o grande envolvimento e trabalho, do então, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, Armando Mourisco.”
Esta obra não é “o partido A ou B, esta obra é uma obrigação que o País tem para com a região, depois de anos e anos de promessas, de avanços e recuos.”
Naturalmente que o Município de Penafiel, como é sabido, tem estado permanentemente nos últimos anos a aumentar a pressão e a chamar à atenção para o problema da EN 106, com diversas tomadas de posição públicas e não só, nomeadamente do Presidente da Câmara de Penafiel.
A reunião do passado mês de maio de 2019,da CIM-TS, seguiu-se após uma forte manifestação popular em Fevereiro do ano passado, na qual a população encheu de cruzes brancas a estrada nacional 106, para recordar as centenas de vítimas.
Para o autarca de Penafiel, as várias iniciativas políticas e da população, ao longos dos últimos anos, que culminou em Fevereiro do ano passado com a manifestação “das cruzes” foi um sinal e uma prova clara que as pessoas estão no seu limite e não aceitam continuar a ser tratadas como cidadãos de terceira”.
Cronologia IC 35:
Em 2001, ano da queda da ponte de Entre-Os-Rios, todos os partidos, na Assembleia da República, consideram prioritária a construção do IC35, que se concretizará até 2008.
Em 2009, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, promete que o concurso para a obra do IC35 será lançado até ao final do ano.
Em 2010, o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, suspende tudo.
Em 2011, CM Penafiel lança petição para a urgente construção do IC35.
Em 2012, CM Penafiel entrega petição na Assembleia da República.
Em 2014, o IC35 entra no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas 2014-2020 (PETI3+) e o Primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, afirma publicamente que o troço Penafiel-Rans do IC35 vai começar em 2015.
Em 2015, é aberto o concurso para a empreitada entre Penafiel-Rans do IC35.
Em 2016, a estrada é novamente suspendida, pelo governo de António Costa, com a adjudicação a ser atirada para 2017.
Em 2018, a Assembleia da República aprova projeto de resolução do PSD que pede construção imediata do IC35 entre Penafiel e Entre-Os-Rios.
Em Fevereiro de 2019, a população enche de cruzes a estrada nacional 106.
Em 2019, o Governo inclui a obra do IC35 no Plano Nacional de Investimentos 20130 (PNI2030).
Em Maio de 2019, novo ministro do Planeamento reúne com Presidente da CIM-TS, Armando Mourisco e Presidente de Penafiel Antonino de Sousa.
EM Janeiro de 2020, é adjudicada a primeira fase da obra do IC-35.
Recorde-se que o IC 35, que serviria de alternativa à EN 106 entre Penafiel e Entre-Os-Rios, é um troço de apenas 12 km por onde passam mais de 15.000 veículos/dia, dos quais uma grande parte são camiões que transportam pedra para exportação, chegando a criar intensas filas de trânsito e uma sinistralidade sem precedentes:
Só entre 2006 e 2017 registaram-se cerca de 500 acidentes e mais de 710 vítimas, entre feridos ligeiros, graves e mortos, de acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
A maior parte do traçado da EN 106 não possuiu passeios e, onde existem, são estreitos ou sem continuidade.