PENAFIEL ABRE PORTAS DO PONTO C – CULTURA E CRIATIVIDADE COM TRÊS DIAS DE PROGRAMAÇÃO GRATUITA PARA TODAS AS IDADES

De 27 a 29 serão apresentadas 24 propostas em oito palcos, juntando quase 200 artistas ao longo de mais de 30 horas;

A partir de dia 16 realizam-se 24 visitas guiadas aos espaços do novo equipamento municipal;

Programação de outubro a dezembro foi apresentada hoje em conferência de imprensa e traz ao Ponto C Maria Rueff e Joaquim Monchique; Rodrigo Amarante; Ruy de Carvalho; Aurea; Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo; Orquestra Sinfónica Portuguesa; Sara Barros Leitão e Paula Morelenbaum, entre outros.

Em 2024 nasce em Penafiel o Ponto C – Cultura e Criatividade, um novo centro de cultura que será o ponto de encontro de todas as artes. Com vocação para congregar, mas também para descentralizar, conectar, comunicar e fazer comunidade. Projetado para dar resposta a uma necessidade de Penafiel, mas também da região do Tâmega e Sousa, o Ponto C tem uma área total de 15 mil m 2 e vários espaços com condições para acolher o melhor da criação artística local, nacional e internacional: um Auditório com capacidade para 400 pessoas, a Casa da Caturra com capacidade para 100 pessoas, amplos átrios, uma Cafetaria, a Sala Eurico, um Pátio, um Anfiteatro e jardins, para usufruir da vista sobre o vale verdejante do Rio Cavalum.

Dias 27, 28 e 29 de setembro, a comunidade penafidelense e dos concelhos vizinhos é convidada para a abertura, de acesso gratuito. Ao longo de três dias, serão apresentadas 24 propostas, para públicos de todas as idades, em oito palcos, juntando quase 200 artistas ao longo de mais de 30 horas.

São três os pilares da programação do Ponto C para a temporada 2024/2025: “Cultura de Comer e de Beber”, com obras que convidam (não apenas metaforicamente) à degustação, em jeito de celebração à volta da mesa; “Viagens na Minha Terra” que convidam o público a embarcar e visitar as culturas brasileira, argentina, caboverdiana ou estónia, sem sair de Penafiel; e “Igualdade, Liberdade, Sororidade” com propostas vinculadas com a causa dos direitos humanos e a conquista pela igualdade e a democracia. Uma variedade de propostas de música, teatro, exposições, circo, escultura, dança, ópera e conferências que trazem ao concelho artistas de renome internacional, assim como os mais destacados talentos de Penafiel e do Vale do Sousa.

Na sexta-feira, dia 27, às 17h00, a exposição de pintura do penafidelense Eurico Gonçalves, entre a representação figurativa e o desenho abstrato; a exposição de fotografia da Nova Companhia, “Teatra”, composta por 20 retratos a preto e branco de atores vestidos de diferentes personagens; e a conferência de Clara Antunes em resposta a um ensaio de Liliana Coutinho, publicado pelo Ponto C.

No Auditório, às 18h00, A Barraca Teatro apresenta “De Mary para Mary” de Paloma Pedrero, com encenação de Maria Do Céu Guerra e interpretação de Rita Lello. Segue-se, às 18h30, na Casa da Caturra, “Enciclopédia X” de Afonso Cruz, pela companhia de teatro Cão Solteiro – que repete no sábado. Restrito a 30 bebedores por cada uma das três apresentações, e destinado a maiores de 18 anos, este espetáculo parte do fascínio pela cerveja artesanal e requer dos espectadores um compromisso: que todas as cervejas servidas sejam bebidas. A participação exige, pelas suas características, inscrição prévia.

Às 19h30, no Pátio, o público é convidado a conhecer “Alcindo Monteiro”, do artista plástico argentino Gabriel Chaile. Uma escultura-forno que é um tributo ao jovem português nascido em Cabo Verde e residente no Barreiro, assassinado em 1995 em Lisboa, num crime que expôs o racismo e a xenofobia que perduram entre nós. Esta escultura ficará instalada no Ponto C ao longo de um mês e terá duas ativações, com comida e música: sexta-feira será servido um jantar argentino e cabo-verdiano, acompanhado com as Batucadeiras; e no domingo, um almoço com O Gringo Sou Eu e gastronomia brasileira, a maior comunidade imigrante de Penafiel.

De volta ao auditório, às 22h30, a Orquestra Jazz Espinho partilha o palco com JP Simões e Marta Ren em “Canções de Liberdade”, um repertório que celebra os 50 anos do 25 de abril mas viaja pelo mundo. De Nina Simone a Zeca Afonso, passando pelos U2 e por Black Sabbath, este concerto propõe uma visão da música como grito para a mudança social.

Segue-se, às 23h30, a leitura encenada de uma peça de teatro, “Canções de uma Noite de Verão”, de David Grieg, pela companhia Cepa Torta.

A primeira noite do Ponto C termina no exterior com um set da DJ Yen Sung, uma das primeiras mulheres DJs em Portugal, às 23h30. O gosto eclético e um refinado sentido de estilo permitem-lhe, numa mesma noite, passar clássicos da soul, infalíveis pérolas house, techno musculado e até hip-hop ou reggae.

No sábado, dia 28, o Ponto C abre às 10h30 para receber as famílias em “Há um Rio nesta Gota”, uma oficina-espetáculo da Frenesim onde a música ocupa um lugar central e as famílias são convidadas a entrar numa bolha sonora. Este espetáculo repete domingo, à mesma hora, no Átrio. Às 12h00, no Auditório, um espetáculo-aula concebido para jovens mas que se destina a todos: “Cara”, da coreógrafa Aldara Bizarro. Uma skater partilha com o público um olhar crítico sobre a identidade portuguesa, em diálogo com a realidade política e cultural do mundo em redor.

De tarde, às 16h00, uma masterclass online com a artista e “transpóloga” brasileira Renata Carvalho, na Cafetaria.

Uma hora depois, no Anfiteatro, um recital de poesia & harpa a partir de marcos históricos como os 500 anos do nascimento de Camões ou os 50 anos da revolução de Abril, com declamação do ator Paulo Pires e a musicalidade da harpa de Emanuela Nicoli.

Margarida Monteny apresenta “Blue” no Pátio, às 19h00. Um projeto de acrobacia aérea que se alicerça numa reflexão sobre afeto e atrito, íntimo e público, solo e coletivo, para assistir deitados sobre a relva.

De volta ao Auditório, às 21h30, a Banda Musical de Lagares convida Sofia Escobar & FF para “Músicas que Perduram”, uma viagem pelo repertório do teatro musical como “West Side Story”, “Les Misérables”, “O Fantasma da Ópera” ou “Rei Leão”.

Seguem-se, às 23h00, os Bateu Matou, no exterior, que trazem o novo disco “Batedeira” com sonoridades de três continentes onde cabe a tradição portuguesa, os ritmos africanos e as melodias de Goa. Em palco, Ivo Costa, Riot e Quim Albergaria convidam para um baile multicultural.

A noite termina, no Jardim, com um set da DJ Mvria, presença frequente no portuense Passos Manuel.

No domingo, dia 29, o Ponto C convoca o público para o vizinho Largo da Ajuda onde às 12h se inicia o “Chamamento” feito pelo Grupo Montanheses da Capela, até à escultura-forno “Alcindo Monteiro” de Gabriel Chaile, que será reativada com um almoço brasileiro, em homenagem à maior comunidade imigrante de Penafiel, e um concerto d’O Gringo Sou Eu.

Às 14h00, no Jardim, novo circo com Daniel Seabra e Mafalda Gonçalves em “Raiz”. Um multi-premiado dueto acrobático convida o público para uma experiência de união com a natureza, com o propósito de pensar sobre o lugar comum.

No Auditório, às 16h00, haverá ópera: “La Traviata” de Verdi, em versão concerto, pela Ópera na Academia e na Cidade, com direção do maestro Ferreira Lobo.

Na Casa da Caturra, às 17h00, o dueto “Adramelech”, um dos textos mais antigos de Valère Novarina, por Renata Portas. Uma atriz e um baterista convidam para um encontro demoníaco, relatado numa torrente de potência e volume sonoro, pela mão da companhia Público Reservado.

Às 17h30, no Jardim, a fadista Ana Margarida Prado & Convidados (Cristina de Sousa e Valter Lobo), leva a palco composições de músicos como Agir, Luísa Sobral, Marco Oliveira, Mário Laginha ou Vitorino Salomé, além de fados tradicionais.

O fim-de-semana de abertura do Ponto C termina, às 19h00, no Anfiteatro, com um concerto do duo estónio Puuluup, que, depois da participação na final da Eurovisão da Canção 2024, trazem a Penafiel o seu som neo-zombie-post-folk. Uma pitada de surrealismo, folclore moderno e o renascimento da lira de arco Talharpa. A música pode ter uma batida orelhuda, que até convida o público para aprender a dançar, ou assemelhar-se a uma banda sonora de cinema noir.

Visitas guiadas a partir de dia 16

Para os mais curiosos, a partir de dia 16 realizam-se 24 visitas guiadas aos espaços do novo equipamento municipal pela mão dos responsáveis e intervenientes do projecto, nomeadamente o presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa; a Diretora Artística do Ponto C, Mónica Guerreiro; o arquiteto Hélder Carvalho; entre outros, para se conhecer o edificado antes de ficar preenchido de conteúdos artísticos.

Os mais novos também são convidados a visitar o Ponto C com a ajuda d’Aquella Companhia, para crianças dos 3 aos 6 anos, e da Plataforma285, para crianças dos 7 aos 10 anos.

As visitas são de acesso gratuito e têm lotação limitada, sendo recomendada inscrição: info@pontocpenafiel.pt .

Todo o programa de abertura do Ponto C é de entrada livre e acessível.

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A par da abertura, o Ponto C divulga a programação até ao final de dezembro, cujas bilheteiras abrem dia 16, presencialmente e on-line (https://pontocpenafiel.bol.pt).

Em outubro, chegam ao palco do Ponto C: “Lar Doce Lar”, de Luísa Costa Gomes com Maria Rueff e Joaquim Monchique; dia 5; o grande cantautor Rodrigo Amarante, dia 13; “Sweat Sweat Sweat – Um conjunto de pequenos afrontamentos”, de Sónia Baptista, no dia 19; seguindo-se o festival literário Escritaria, de 21 a 27 de outubro, que homenageia a obra e o percurso de Arnaldo Antunes.

Em novembro, dia 1, “Feliz Aniversário” de Marc Camoleti, com encenação de João Baião; a 3, a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins com Martín Suede revisita o repertório de Piazzola; a 8, Bossarenova Trio, de Paula Morelenbaum; dia 24, os mais novos são convidados para “Vamos Para Bremen”, a partir de “Os Músicos da Cidade de Bremen” dos Irmãos Grimm, com encenação de Paulo Lage; e à noite, “AMARAMÁLIA” pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo; a 30, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Teatro Nacional de São Carlos, com um programa que conta como solista a soprano Rafaela Albuquerque.

O mês de dezembro começa com Ruy de Carvalho e “Ruy, A História Devida”, dia 1; música capella com o Canto Nono em “A Força (o poder) da palavra, um canto a José Mário Branco”, dia 7; Sara Barros Leitão com “Guião para um País Possível”, dia 15; “Gatilho da Felicidade” de Ana Borralho e João Galante, dia 20; celebramos os 20 anos do “Xmas Rock Fest” dos Cosmonaut, a 21; e as “Christmas Movie Songs” de Aurea, dia 22 de dezembro.

Projetado pelo arquiteto Hélder de Carvalho, o Ponto C é um edifício com alta eficiência energética, apresenta um estilo contemporâneo com respeito e total integração na paisagem envolvente.

Acessível a todos, o Ponto C terá espetáculos com audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Haverá ainda o serviço de babysitting até aos seis anos, oficinas e sessões formativas, um clube dedicado ao pensamento artístico e um ciclo de encontros na Cafetaria, intitulado ‘ABC’ (Arte, Bebidas & Conversas) sobre temas abordados na programação, com convidados ao longo de todo o ano, e formatos que podem ir do stand-up ao karaoke.

No centro de cultura e criatividade que agora abre portas também há espaço para a criação na relação com o território: um programa de residências artísticas para companhias e criadores de fora de Penafiel desenharem novos projetos em diálogo com o rico património cultural, material e imaterial, do município.