ENDOENÇAS EM ENTRE-OS-RIOS COM MILHARES DE VELAS

Margens do rio Tâmega e Douro palco de um espectáculo único de brilho e fé

No próximo dia 6 de Abril, quinta-feira Santa, as Endoenças voltam a iluminar as margens do rio Tâmega e Douro, com milhares de velas, numa organização a cargo dos Municípios de Penafiel e Marco de Canaveses.

O início desta manifestação religiosa tem lugar na Igreja Paroquial de Santa Clara do Torrão, com a Missa da Ceia do Senhor, às 20h00. Uma hora mais tarde, sai a procissão do Senhor dos Passos, acompanhada por “Barcos de Fogo” junto ao rio, e em direção à Capela de S. Sebastião, em Entre-os-Rios, onde terá lugar o “Sermão do Encontro” entre Jesus Cristo e Nossa Senhora das Dores, um momento particularmente simbólico e muito acalmado pela comunidade.

Para Antonino de Sousa, Presidente da Camara Municipal de Penafiel, “É em Entre-os-Rios que existe uma das mais belas tradições do nosso concelho e uma das mais encantadoras manifestações religiosas de Penafiel e do Norte do Portugal. A procissão das Endoenças, inscrita em Diário da República, no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, é um acontecimento ímpar com mais de 300 anos de história e que está enraizado nas nossas gentes como um momento de fé inigualável. Um marco forte da nossa comunidade que mesmo em tempos de pandemia não deixou cair esta tradição singular. Um agradecimento especial à comunidade de Eja, pelo exemplar envolvimento em torno deste evento que já é um marco na região.

As Endoenças – conhecidas como um evento secular de turismo religioso ímpar, que ilumina as margens do rio Tâmega com milhares de tigelinhas – envolvem a freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão (Marco de Canaveses), o lugar de Entre-os-Rios (Penafiel) e ainda o lugar de Boure, na margem esquerda do rio Douro, pertencente ao concelho de Castelo de Paiva, lugares que constituem antigo Couto de Entre-os-Rios.

Segundo a liturgia católica, esta celebração é uma alusão à sexta-feira Santa, dia de indulgência na Península Ibérica, no qual era dada a absolvição aos fiéis. Com o passar do tempo, o conceito mudou para o dia anterior, quinta-feira Santa.