V edição do Festival de Teatro “Sentir Penafiel” homenageia atriz Eunice Muñoz
Depois de dois anos de pandemia, o Festival de Teatro “Sentir Penafiel” está de volta. O programa contempla 4 sessões de teatro e um documentário a acontecerem ao longo de outubro, novembro e dezembro, iniciando-se já no próximo dia 1 de outubro e com final marcado para 10 de dezembro.
Esta iniciativa, promovida pela Câmara de Penafiel em parceria com o Grupo de Teatro de Novelas, tem o objetivo de dinamizar a arte do teatro através da realização de momentos lúdicos para a toda a comunidade do concelho, dando-lhes a oportunidade de assistirem a peças de teatro, de saírem de suas casas para conviver e para usufruírem de momentos de cultura e de lazer. Além da colaboração do Grupo de Teatro de Novelas, vão participar no evento os grupos de teatro TAV – Teatro do Ave de Vila do Conde, Grupo de Teatro Fórum de Boticas, TEA – Teatro Experimental de Arouca e o Teatro de Balugas.
Com habitual, esta iniciativa presta homenagem a um artista ligado ao mundo das artes e do espetáculo. Nesta V edição, a atriz Eunice Muñoz vai ser a homenageada. Assim, no encerramento desta edição (10 de dezembro), vai ser exibido o filme “Eunice ou Carta a uma jovem Actriz”, no cinemax, pelas 21h00. Recorde-se que a atriz faleceu em abril passado aos 93 anos. Ao longo da carreira, estreou cerca de duas centenas de peças e trabalhou com uma centena de companhias, segundo a base de dados do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. No cinema e na televisão, colaborou em várias produções de ficção, entre filmes, telenovelas e programas de comédia. No ano passado, Eunice Muñoz foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, cerca de três anos depois de ter recebido a Grã Cruz da Ordem de Mérito.
Programa do V Festival Sentir Penafiel
- 1 de Outubro – 21h00 – Recreatório do Penafiel
TAV – Teatro do Ave de Vila do Conde
Flagrante Delitro
Sinopse: Esta peça recolhe um conjunto de declarações e explicações divertidas sobre a vida de personalidades relevantes da história Portuguesa. Brincadeiras desencontradas, opiniões desvairadas, mas sempre verdadeiras e alinhadas com os percursos e obra das mesmas personalidades. Neste espetáculo, há algo de picante e atrevido, focam-se as personagens da História de Portugal, como D. Fernando, Marquês de Pombal, Bocage, Fernando Pessoa, Zé-povinho entre outros. Trata-se de uma série de peripécias, confissões e interpretações de gente importante do espólio lusitano. Será um autêntico “Delitro” de animação e festa!
Autor Texto- Prof. Agostinho Pinho
Encenador- Afonso Carvalho
ELENCO:
Afonso Carvalho.
José Afonso Ferreira.
Heitor Almeida.
Vitor Viana.
Agostinho Pinho.
Elizabete Fernandes
Classificação etária: Maiores de 6 anos
Duração: 90 minutos
Produção: TAV
Figurinos e cenários: Verónica Magalhães e Katucia Alexandre
Luz e Som: Coletivo TAV e Carolina Anjo
- 29 de Outubro – 21h00 – Recreatório do Penafiel
Grupo de Teatro Fórum de Boticas
Quem levou teus trinta ramos?
SINOPSE: Quem levou teus trinta ramos fala-nos daquilo que deixou de ser alcançável ou possível. É um espetáculo composto por três peças breves, que tanto nos podem fazer rir como chorar. Uma nasceu do génio de Gil Vicente, fundador do Teatro Português; as outras duas são da lavra de Raul Brandão, autor português dos inícios do século XX. Em todas elas, os personagens principais encontram-se numa situação de morte iminente ou anunciada. Mas é da vida que nelas se fala. Fala-se do que a vida poderia ter sido e não foi. Fala-se da ausência de amor e compaixão, dos medos, dos equívocos, dos excessos, das presunções e das trapalhadas em que nos metemos, tornando a breve passagem por este mundo numa farsa. No episódio dramático O AVEJÃO, Raul Brandão apresenta-nos uma velha que foi santa em vida, mas que, na “hora suprema”, é assaltada pela dúvida. O DOIDO E A MORTE, seguramente a peça mais popular de Raul Brandão, leva-nos até ao gabinete de Baltazar Moscoso, governador civil e dramaturgo amador. Tudo lhe sorri, momentos antes de o Senhor Milhões aparecer com uma caixa misteriosa e… explosiva. PRANTO DE MARIA PARDA foi escrito e apresentado por Gil Vicente em 1522, ano de grande carestia e de uma desesperante seca…de vinho. A capital do Império era um mar de gente faminta e doente. Não podendo passar sem a pinga, Maria Parda arrasta-se de taberna em taberna, em busca de quem lhe fie “canada e meia”. Todos, porém, lhe batem com a porta na cara. Prestes a definhar, resolve ditar um testamento patético, determinando que o vinho volte a escorrer das pipas e tonéis.
Autores da peça: Raul Brandão e Gil Vicente
Classificação etária: Maiores de 6 anos
Duração: 90 minutos
Atores – André Gomes, Andreia Vilela, Damásio Silva, Filipa Sacras, Graça Inácio, Graça Justo, Joana Freitas, Luana Silva, Lúcia Moreno, Maria de Deus Barroso, Marina Pereira, Paula Mota, Paulo Pires, Sandra Pereira, Tiago Vilela, Zélia Domingues, Sara Mota
Montagem de cena e adereços – André da Graça Gomes, Paulo Pires, Tiago Vilela
Diretor de Cena – Paulo Pires
Design gráfico – Eva Fernandes Figurinos – André da Graça Gomes, Graça Inácio e Fátima João
Cenografia – André da Graça Gomes
Encenação – Hermínio Chaves Fernandes
Produção: Fórum Boticas – Associação Recreativa e Cultural
Figurinos e cenários: André da Graça Gomes, Graça Inácio e Fátima João
Luz e Som: Hermínio Chaves Fernandes
- 26 de novembro – 21h00 – Recreatório do Penafiel
TEA – Teatro Experimental de Arouca
A Salvação
Sinopse
Há muitos muitos anos, a uma terra de pastores muito distante, chegam três missionários para levarem a “boa nova” e construir o seu templo.
Os pastores não compreendem o espírito de missão e também querem tirar algum proveito da situação.
– E se tudo não passar de um sonho, e o que procuram há tanto tempo afinal esteve sempre a seu lado.
– Quando acreditamos que algo existe e nos pode dar aquilo que queremos, nada é impossível!”
Autor João Paulo Brandão
Maiores de 6 anos
Duração +- 70 minutos
Encenação João Paulo Brandão
Uma produção TEA
Figurinos Elisa Pinho, Diana Azevedo, João Paulo Brandão
Luz/som Rui Sousa
- 3 de dezembro – 21h00 – Recreatório do Penafiel
Teatro de Balugas
Raposos
Sinopse: A peça é um alerta sobre a propriedade da terra e os seus elementos naturais. A história fala-nos de uma barragem abandonada na construção, que não passou o tamanho das portadas da igreja da localidade, ao contrário das grandes barragens que engoliram aldeias inteiras; aqui o rio, pressentindo tamanha clausura, secou. Entre as árvores cortadas e a aldeia abandonada, os que ficaram, entre homens e bichos, tudo tentam para encontrar o rio novamente, algum sinal de água. Esta é uma procura efabulada sobre esconderijos, animais e homens antigos.
Texto original e direção artística: Cândido Sobreiro
Maiores de 6
Duração 60 minutos
Interpretação: Diana Gonçalves, Cândido Sobreiro, André Sobreiro, Davide Faria, Aurélio Magalhães, Cristiano Esteves, Gilda Silva, Juliana Pereira e Miguel Sobreiro
Produção: Diana Gonçalves
Sonoplastia e iluminação cénica: Matilde Esteves, Tiago Martins, Sérgio Gonçalves e Ana Magalhães
Cenografia e carpintaria: Aurélio Magalhães, Nuno Sobreiro e Cristina Faria
Guarda-roupa: Diana Gonçalves
- 10 de dezembro – 21h00 – Cinemax
Exibição do filme “Eunice ou Carta a uma jovem actriz” de Tiago Durão