Monte cónico com cerca de 324 metros de altitude, situado no lugar do Alto do Castelo

Descrição
O Castelo de Penafiel, situado no lugar do Alto do Castelo, é um monte cónico com cerca de 324 metros de altitude, revestido por uma armadura de rochedos, que foi sede da Terra de Penafiel de Sousa ou de Canas, a partir da segunda metade do século XI, do Julgado homónimo, no final do século XIII, e emprestou o nome à cidade a partir de 1770, num reforço simbólico da autonomia municipal.

Este castelo roqueiro localizado em frente ao Monte Mozinho, do outro lado do vale da Ribeira da Camba, numa posição estratégica sobre a antiga via romana, decalcada em época medieval, é referido em 1059, na documentação escrita, embora possa ser anterior. Da sua estrutura foram identificados o fosso, localizado a Noroeste, e o derrube da(s) muralha(s), a Poente e Sul, e vários entalhes nos penedos que possivelmente serviriam de apoio a construções. O espólio recolhido é quase todo medieval, exceptuando a notícia do achado de uma moeda romana do século IV, do imperador Crispus.

Na face vertical de um afloramento granítico que encima a elevação, conhecido por penedo do Gato, está uma figura humana gravada, representada vestida, de pé, e que segura na mão de um dos braços estendidos um objecto circular e na outra uma arma, baptizada de Penhafidelis.

Localização
Freguesia: Oldrões
Lugar: Alto do Castelo e Reguengo

Classificação
Sítio de Interesse Público (Portaria n.º 201/2016, de 06 de julho de 2016)

Época
Medieval/Moderna/Contemporânea

Bibliografia Relacionada
AGUIAR, J. Monteiro de (1943) – A Terra de Penafiel, Penafiel.
LIMA, António Manuel de Carvalho (1993) – Castelos Medievais do Curso Terminal do Douro (séc. IX – XII), Dissertação de Mestrado. Porto: edição policopiada.
SANTOS, Maria José Mendes da Costa Ferreira dos (2005) – A Terra de Penafiel na Idade Média. Estratégias de ocupação do território (875-1308), Cadernos do Museu, n.º 10, Penafiel: Museu Municipal, p. 5-100.
BRANDÃO, D. Domingos de Pinho e SOUSA, Elísio Ferreira de (1966) – A Penha Fidelis, o seu petróglifo e os seus problemas, Lucerna, vol. V (Actas do IV Colóquio Portuense de Arqueologia). Porto: Empresa Industrial Gráfica do Porto, Lda., Edições Maranus, p. 434-441.