Vespa Asiática

Ilustração 1 | Vespa asiática (ou Vespa Velutina)

 SOS Vespa – ICNF

A espécie de vespa Vespa velutina nigrithorax ou apenas Vespa velutina, também vulgarmente designada por Vespa asiática, é uma espécie exótica, proveniente de regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia, do leste da China, da Indochina e do arquipélago da Indonésia. A sua introdução involuntária na Europa ocorreu em 2004 no território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010 e em Portugal em 2011.

A vespa velutina tem vindo a expandir-se por toda a região do Minho e Douro Litoral, tendo já sido referenciados ninhos de vespa velutina no Concelho de Penafiel e nos Concelhos vizinhos de Paredes, Lousada e Marco de Canaveses.

A Vespa velutina é uma vespa de maiores dimensões que a vespa comum. A sua cabeça é preta e tem face laranja/amarelada. O corpo é escuro, aveludado, delimitado por uma faixa fina amarela e com um único segmento abdominal amarelado-alaranjado. As suas asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades de cor amarela, sendo esta última a caraterística mais distintiva.

Ilustração 2 | Imagem de Vespa velutina evidenciando as suas características anatómicas

Esta espécie pode ocorrer tanto em zonas rurais como urbanas e durante a época da primavera constrói ninhos de grandes dimensões, preferencialmente em pontos altos e isolados, como em árvores e estruturas construídas. O ninho tem uma forma esférica e pode albergar centenas de vespas.

Ilustração 3 | Ninho de Vespa velutina (ou vespa asiática)

 

Ilustração 4 | Ciclo biológico da Vespa velutina

A Vespa velutina é uma espécie carnívora e predadora da abelha europeia, por isso tem um grande impacto na apicultura, como também na saúde pública; não sendo mais agressivas que a Vespa crabro (espécie europeia), no caso de sentirem o seu ninho ameaçado, reagem de modo agressivo, encetando perseguições que podem prolongar-se até algumas centenas de metros.

A espécie asiática distingue-se da Vespa crabro pela coloração do abdómen e das patas (abdómen mais escuro e patas amarelas na vespa asiática).

A espécie Vespa crabro é autóctone e não deve ser destruída, nem os seus ninhos, por ser uma espécie nativa no território português. Ressalvam-se situações excepcionais, nas quais esteja em causa a segurança pública, por exemplo, se o ninho se encontrar num local sujeito à permanência de pessoas.

Ilustração 5 | Vespa crabro (espécie europeia)

 

Ilustração 7 | Vespa comum

Ilustração 7 | Vespa comum

Para ajudar na identificação e evitar a confusão com espécies autótones, disponibilizam-se as fichas de identificação elaboradas pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

 Ficha de Identificação de Espécies

 Ficha de Identificação dos Ninhos

Como se deve proceder no caso de avistar ou suspeitar de ninhos de Vespa Velutina?

A deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de Vespa Velutina deverá ser comunicada através de um dos seguintes meios:

  • Preenchimento online de um formulário disponível no portal www.sosvespa.pt.
  • Preenchimento via Smartphone, disponível no portal www.sosvespa.pt;
  • Contactar a linha SOS AMBIENTE (808 200 520). Neste caso o observador será informado do procedimento a seguir para a efetiva comunicação da suspeita;
  • Solicitando a colaboração da junta de freguesia mais próxima do local de deteção/suspeita.

Poderá também contactar diretamente o Serviço Municipal de Proteção Civil de Penafiel caso tenha um registo de avistamento de ninho(s) ou de vespas asiáticas.

O Serviço Municipal de Proteção Civil assegura a confirmação e validação, na área geográfica do concelho de Penafiel, reportados através do Portal SOS Vespa ou diretamente nos serviços, assim como promove e coordena a sua correta destruição, em articulação com os demais agentes de proteção civil e/ou entidades.

A destruição dos ninhos deve ser feita por pessoal qualificado e com equipamento de proteção adequado, seguindo as orientações constantes no Plano de Ação para a vigilância e controlo da Vespa Velutina em Portugal.

Os Munícipes não devem tentar a destruição de ninhos pelos próprios meios, assim como nunca devem ser utilizadas armas de fogo (e.g. armas de caça), mesmo no caso de difícil acesso aos ninhos, pois este método só provocaria a destruição parcial do ninho e contribuiria para a dispersão e disseminação das vespas e consequente constituição de ninhos novos. Na ausência ou perda da rainha, há nesta espécie a capacidade de as obreiras se transformarem em fêmeas fundadoras e assim estarem aptas a criar novos ninhos.

Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal

Por último, disponibiliza-se o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa velutina em Portugal, editado a 20 de Janeiro de 2018, com vista à segurança dos cidadãos, à proteção da atividade apícola bem como à minimização dos respetivos impactos sobre a biodiversidade:

 Plano de Ação de Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal

 Ponto de Situacao – Vespa Velutina em Penafiel

 

Em 2019, no seguimento da submissão e aprovação da candidatura ao apoio para a destruição dos ninhos de Vespa Velutina – 2019 (02/0143/2019), financiado pelo Fundo Florestal Permanente, foi concedido um apoio à Câmara Municipal de Penafiel, sob a forma de subsídio não reembolsável, até ao limite máximo de 10.000,00 euros, sendo mais um importante contributo para a destruição dos ninhos de Vespa Velutina, conforme estabelecido no Plano de Acção para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina, em Portugal.